A casa da pesquisadora e historiadora popular Geralda Chaves Soares, em Araçuaí, já acompanhou um sem número de atividades com pesquisadores, estudantes e povos indígenas. São cerca de 40 anos de trabalho realizado, quase sempre voluntariamente.

Seu acervo compõe-se principalmente por:

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• trabalhos acadêmicos e pesquisas voluntárias (histórias das cidades e povoados, movimentos quilombolas, dos canoeiros e canoeiras e trabalhadores rurais, estudos ecológicos e arqueológicos);

• registros etnográficos elaborados durante décadas, documentos históricos [Maxakali: luta pela terra e demarcação, SPI, ditadura militar e guarda rural, registros rituais, sociais, familiares, trajetórias das aldeias, conflitos, etc; Pankararu: registros das histórias de migração e resistência, trajetórias pelo Brasil e formação de aldeias, encontros de pajés e mulheres, etc; Pataxó, Krenak, Mocurin, Aruanã: diversos; Movimentos dos Trabalhadores Rurais / formação de povoados e cidades (Bertópolis, Santa Helena de Minas, dentre outros; Movimentos Indígenas Nacionais e latinoamericanos];

• uma biblioteca especializada com seções de História, Antropologia e Sociologia, questões de gênero, quilombola, ambiental e agrária, linguística, saúde, educação e direitos indígenas, espiritualidade, dicionários, literatura regional e geral, periódicos, cartilhas de direitos e cidadania;

• centenas de vídeos em VHS, registros em áudio coletados entre pajés, lideranças, remanescentes de populações, artesãos, etc;

• material relativo aos movimentos indígenas nacionais e internacionais;

• milhares de slides e fotos de quase todos os povos indígenas de Minas Gerais, incluindo uma exposição com dezenas de quadros e banners.

Esperamos ampliar e qualificar o atendimento a estudantes, professores e pesquisadores interessados, e popularizar o acesso ao acervo, instituindo o espaço como um centro de referência e memória da região. Cada vez mais, a casa e o acervo tem sido procurados. Com uma maior divulgação e qualificação, esperamos poder contar ainda com apoios institucionais, atividades de bolsistas, contrapartidas, realização de projetos coletivos que envolvam cada vez mais as comunidades em questão.